Uma obra original de Paul Thomas Anderson, "Magnólia" é um dos filmes mais poderosos dos últimos 20 anos que eu já vi serem criados pelo cinema americano (ou "Indústria" como eles infelizmente lhe gostam de chamar...). Uma épica história de várias personagens interligadas na busca de amor, perdão e sentido na vida, este filme deve ser visto, estudado e apreciado. Apesar da sua longa duração (mais de 3 horas) dificilmente se encontrará uma cena sem significado, que pudesse ser cortada sem esta obra perder algo. Uma das melhores explorações do melodramático que eu ja tive o privilégio de observar, este filme está também carregado de simbologia, a começar no título. Dois exemplos disso são os seguintes:
- Há uma lenda que diz que a casca da Magnólia pode curar o cancro;
- A palavra "magnólia" tem 8 letras, das quais duas são "a's", a segunda e a oitava letra, o que representa uma estranha coincidência com os números 8 e 2, presentes em muitas cenas do filme como referência ao Êxodo 8:2: "Deixa partir o meu povo para que me sirva. Se te recusares a deixá-lo partir, eis que eu vou flagelar todo o teu território com rãs".
Se virem o filme irão comprovar estes exemplos e poderão encontrar mais. Com um dos melhores elencos na história do cinema moderno, este é um dos melhores exemplos do que um cineasta americano pode criar se conseguir escapar ao capitalismo das grandes produtoras de Hollywood. Nomeado para três Óscares da Academia, Melhor Actor Secundário (Tom Cruise), Melhor Canção Original ("Save me" de Aimee Mann) e Melhor Argumento Original (Paul Thomas Anderson).
Recomendo vivamente!
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