The Sopranos

Uma história que se tornou numa das mais celebradas e aclamadas séries nos E.U.A. Mais uma das poucas provas de que a televisão no século XXI não é toda ela desprovida de conteúdo ou inteligência. Esta inovadora série retrata a vida de um líder da máfia de New Jersey. Fantásticos enredos, personagens diversas mas sempre autênticas, desenvolvimentos impressionantes mas sempre credíveis, acompanhados com escolhas musicais perfeitas e um argumento soberbo, formam uma das mais épicas sagas americanas sobre o crime organizado. James Gandolfini ficará para sempre imortalizado pelo seu papel como Tony Soprano, umas das mais carismáticas e intrigantes personagens que eu já tive o privilégio de acompanhar. É notável como a sua tendência ameaçadora e temperamental no papel de um criminoso contrasta com a sua tendência afável e protectora como pai e amigo. O seu casamento com Carmela, pela sua natureza complexa e problemática, é um dos elementos mais interessantes. Além de Gandolfini no papel principal e apesar de todo o elenco ser fantástico (são dezenas as personagens e não sou capaz de encontrar uma interpretação falhada), queria destacar Edie Falco (Carmela Soprano), Lorraine Bracco (Dr. Jennifer Melfi) e sobretudo Nancy Marchand (Livia Soprano) numa extraordinária interpretação como uma das mais detestáveis mães que o cinema ou a televisão já apresentaram. No entanto, apesar destes fantásticos desempenhos, o maior mérito terá de ir inevitavelmente para os escritores (David Chase, o criador, é um deles) que, ao longo de tantas temporadas conseguiram manter o altíssimo nível de qualidade e originalidade. Uma série simplesmente brilhante que recomendo com grande entusiasmo.

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